Cientificamente Falando: Como os seres vivos enxergam as cores?

09/10/2024 17:38

Você sabia que o mundo tem muito mais cores do que nós enxergamos? E será que o seu animal de estimação enxerga mais ou menos cores que você?Afinal, como funciona a visão para identificar as cores?

Este episódio da série Cientificamente Falando explica como funciona a visão dos seres vivos, como captamos luz e cor e como alguns seres humanos podem enxergar até 100 vezes mais cores do que a maioria.

O Cientificamente Falando, produção da Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC), debate conceitos e categorias científicas de forma didática, com referências ao cotidiano e à cultura pop, em uma linguagem contemporânea e em vídeos animados.

Tags: Cientificamente Falando

Flash UFSC – O sumiço dos insetos

09/11/2023 13:40

Dependendo da sua idade, talvez você se lembre de quando era comum chegar de viagem com o para-brisa cheio de mosquitos. A ausência de bichinhos esmagados no vidro dos carros é algo que desperta a preocupação de especialistas de todo o mundo.

O professor Luiz Carlos de Pinho, do Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC, explica o que está por trás da diminuição da população mundial de insetos e as consequências catastróficas que podem ser provocadas pelo fim desses animais.

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CRÉDITOS:

Produção e roteiro: Lethicia Siqueira e Robson Ribeiro
Locução: Lethicia Siqueira e Lia Capella
Edição: Matheus Alves
Apoio técnico: Peter Lobo e Roque Bezerra
Arte: Audrey Schmitz

Tags: Flash UFSCPodcast

Podcast UFSC Ciência Ep. 16 – A vida, o Universo e tudo mais

31/10/2023 13:28

De onde viemos? Estamos sozinhos aqui? Qual a resposta para a questão fundamental da vida, o Universo e tudo mais?

A origem da vida na Terra e a busca por vida em outros planetas são os temas deste episódio do UFSC Ciência. Do nascimento do Universo aos projetos que buscam alienígenas em mundos distantes, falamos sobre os primeiros micro-organismos que apareceram por aqui e apresentamos seres que habitam ambientes extremos e inóspitos.

Dois professores da UFSC nos ajudam nesta jornada. Alexandre Zabot é professor do Curso de Engenharia Aeroespacial e coordenador do projeto Astrofísica para todos, que oferece cursos on-line gratuitos na área de Astronomia. E Rubens Tadeu Delgado Duarte é docente do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia e coordenador  do Laboratório de Ecologia Molecular e Extremófilos (Lemex), onde desenvolve trabalhos na área de Astrobiologia.

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Saiba mais sobre o planeta K2-18b, aquele que pode conter uma molécula que na Terra só é produzida por seres vivos, na matéria da BBC Brasil: Vida alienígena? Nasa analisa molécula de planeta distante que na Terra só é produzida por seres vivos.

No site da UFSC, tem mais informações sobre a VVV-WIT-07, a estrela peculiar que foi incluída no catálogo do Projeto Seti: UFSC na mídia: descoberta de professores integra catálogo internacional de busca por vida extraterrestre.

Quem se interessar em saber mais sobre Astrobiologia, pode conferir o e-book gratuito: Astrobiologia: uma ciência emergente

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CRÉDITOS:

Locução: Camila Raposo e Matheus Alves
Produção, roteiro e edição: Camila Raposo
Apoio Técnico: Peter Lobo
Música Tema: Alegorias de Verão, Modernas Ferramentas Científicas de Exploração
Arte: Marcio Luz Scheibel

Tags: PodcastUFSC Ciência

Flash UFSC – Cannabis também é pra cachorro

11/09/2023 17:58

Flash UFSC: Cannabis também é pra cachorro

Saiba como uma substância extraída da maconha pode melhorar o bem-estar de nossos pets. O canabidiol ajuda a aliviar a dor, a ansiedade e a agressividade, a reduzir convulsões e a controlar a proliferação de tumores, entre outros benefícios. Foi o canabidiol, por exemplo, que permitiu que a cachorrinha Yara voltasse a correr e brincar.

O convidado deste episódio do Flash UFSC é o professor de Medicina Veterinária Erik Amazonas, o único pesquisador autorizado pela justiça a realizar cultivo, preparo, produção, fabricação, depósito, porte e prescrição de derivados da cannabis no Brasil.

Para saber mais sobre o canabidiol veterinário e conferir fotos da colheita e da poda da planta na UFSC, acesse a reportagem “Cannabis para uso veterinário: cultivo impulsiona pesquisas e facilita desenvolvimento de cadeia produtiva da planta”.

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CRÉDITOS:

Produção, locução, roteiro e edição: Leticia Schlemper e Matheus Alves
Apoio técnico: Peter Lobo e Roque Bezerra
Arte: Jalize Pinheiro Medeiros e Audrey Schmitz

Tags: cannabiscannabis veterináriaCentro de Ciências RuraisFlash UFSCMedicina VeterináriaPodcast

Que efeitos as queimadas em Santa Catarina têm sobre os peixes e a vida humana?

28/04/2023 15:13

Pesquisa desenvolvida no Laboratório de Biodiversidade Aquática da UFSC investiga o impacto do fogo e das cinzas na vida aquática e de seres humanos 

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui.

Foto: Reuters/Amanda Perobelli

Somente em 2022, Santa Catarina teve 1.360 focos de incêndio ativos de fogo, sendo agosto o mês de maior incidência, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). No Brasil, as queimadas são um problema constante: entre 1986 e 2020, segundo dados do projeto MapBiomas, uma área de 1,67 milhões de km² do país sofreu com o fogo: esse tamanho é maior do que a extensão dos países da Noruega, Finlândia e Islândia juntos.

Em dados locais, Santa Catarina também é bastante afetada. O Parque Estadual do Rio Vermelho, por exemplo, possui uma unidade de conservação de proteção integral, que sofreu constantemente com queimadas nos últimos anos. Em abril de 2020, um incêndio chegou a comprometer 240 hectares do parque.

Enquanto os efeitos do fogo e das cinzas residuais sobre o solo e os organismos terrestres começam a ser mais amplamente explorados, ainda é limitado o número de estudos que avaliam como a biodiversidade do ambiente aquático responde à ocorrência de fogo e à chegada das cinzas à água. “Ano após ano, o ser humano tem registrado números recordes de incêndios, em áreas queimadas cada vez maiores, e eu sempre penso: essa quantidade imensa de cinzas que é gerada uma hora vai chegar no ambiente aquático, seja por ação da chuva ou do vento”, explica o professor Bruno Renaly Souza Figueiredo, do departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Aprovado no edital de chamada pública de 2021 da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), no programa de jovens projetos, o professor conseguiu os primeiros recursos para dar início à pesquisa: “Impacto do fogo e das cinzas sobre a biodiversidade na água doce: respostas dos peixes, dos anfíbios e dos microinvertebrados e macrófitas ao distúrbio”.

4 impactos das queimadas em Santa Catarina

As queimadas naturais ocorrem em áreas secas, predominantemente em clima árido ou semiárido. O estado de Santa Catarina está localizado em uma região historicamente chuvosa e úmida, entretanto, os períodos de estiagem no estado estão cada vez mais longos e com o registro de temperaturas cada vez mais elevadas. Como resultado a vegetação resseca, e o fogo tem mais chance de ocorrer e de se propagar, atingindo vastas áreas.

Aliado a isso, o ser humano tem provocado  uma maior quantidade de incêndios, de maneira deliberada ou acidental, tais como a queimada ilegal realizada para supressão da vegetação e limpeza de áreas, o fogo ateado na agricultura para facilitar a colheita ou na preparação do solo para a semeadura, e até mesmo após a queda de fios de transmissão de eletricidade alta tensão sobre a vegetação seca. Seja qual tenha sido a origem do fogo, ela terá consequências negativas para a biodiversidade dos ambientes terrestres e aquáticos, e mesmo para o ser humano.

1. O estado já registrou 124 focos ativos de fogo em 2023

Segundo os dados do INPE detectados por satélite, Santa Catarina registrou no total 124 focos ativos de fogo nos últimos três meses: 35 em janeiro e fevereiro, e 54 em março. Isso provavelmente se deve às mudanças climáticas que tem levado a estações secas mais longas e com o registro de temperaturas mais elevadas. Mas certamente, também está relacionada com o uso do fogo na agricultura: “É uma prática agrícola muito comum no Brasil, inclusive existe uma lei para proibi-la, mas ela ainda ocorre”, esclarece o professor Bruno Figueiredo. 

Os prejuízos das queimadas envolvem a retirada de nutrientes fundamentais do solo para o crescimento das plantas, desencadeamento de processo erosivo, aumento da liberação de dióxido de carbono e até mesmo a destruição de habitats naturais.

2. As cinzas do fogo prejudicam a biodiversidade aquática

O principal objetivo da pesquisa desenvolvida no Laboratório de Biodiversidade Aquática (LABIAQ) é investigar como as cinzas oriundas das queimadas afetam diretamente a biodiversidade em rios e riachos. As cinzas podem chegar até a água, principalmente por ação da chuva, que lava o solo e pode carrear as cinzas, e pelo vento.

O professor comenta que a cinza pode matar: “a literatura científica tem revelado que as cinzas são uma substância complexa constituída por componentes químicos, como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e metais pesados, com potencial mutagênico e cancerígeno, que compromete a potabilidade da água para consumo humano, leva a uma grande mortandade de peixes, e reduz as contribuições da natureza para as pessoas.” 

Ilustração que mostra o impacto das cinzas tanto na vegetação, quanto na biodiverside de águas continentais, realçando que organismos grandes, como peixes e mesmo a microbiota aquática pode ser extinta após a ocorrência de incêndios. Arte: Lorenzo Driessen Cigogini

3. Causa a morte de peixes – e o desaparecimento de espécies nativas

Resultados preliminares do estudo do professor Bruno mostram que, em experimentação laboratorial, as espécies nativas de peixes presentes em rios e riachos são mais impactadas que as espécies exóticas invasoras. Esse resultado indica que a chegada de cinzas na água após um incêndio provoca a morte dos peixes nativos, mas não impacta fortemente as espécies exóticas invasoras, ameaçando a conservação da biodiversidade nativa. 

O professor Bruno Renaly Souza Figueiredo é graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), e mestre e doutor pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). (Foto: Ana Quinto)

O professor explica que “geralmente, as espécies exóticas que são introduzidas nos rios e riachos do Brasil, são espécies nativas de outras regiões que possuem uma maior tolerância a alterações nas características ambientais”. O professor exemplifica que “a tilápia, por exemplo, é nativa do rio Nilo no Egito, e é muito resistente, e essa é uma das razões pela qual as pessoas a introduziram no Brasil”. Dessa maneira, como as espécies invasoras sobrevivem, elas começam a se reproduzir, e reduzem as chances das nativas retornarem ao ambiente.

4. As cinzas causam células tumorais nos peixes

“A gente verificou um resultado intrigante, que é o número de células com alterações genética em peixes expostos às cinzas. Para mim, isso acendeu uma luz de alerta importante: pois se as cinzas tem a capacidadede impactar os peixes, elas também pode fazer o mesmo com o ser humano que ingere uma água contaminada com partículas de cinzas ou ainda que se alimente de um peixe que viveu nessa água contaminada”, explica o professor Bruno. A acumulação de metais pesados e a presença de componentes mutagênicos, e potencialmente também cancerígenos, nos peixes tem impactos ainda incertos sobre os indivíduos que consomem esses animais contaminados. Futuras pesquisas no laboratório coordenado pelo prof. Bruno irá investigar esse tema.

A importância do estudo desenvolvido é fundamental para entender de que maneira as cinzas interferem na biodiversidade aquática e como esses fatores chegam até nós: “pode ser que os metais pesados nos tecidos dos peixes acabem também sendo acumulado por quem se alimenta dos peixes dessa região contaminada por cinzas”, esclarece.

Para expandir a pesquisa, é necessário financiamento

A primeira etapa da pesquisa será finalizada em novembro de 2023: o projeto, atualmente, conta com o trabalho de dois bolsistas de iniciação científica da UFSC, três estudantes extensionistas, um mestrando e dois doutorandos. As saídas de campo promovidas pelo grupo buscam capturar os organismos que vivem em rios e riachos do estado de Santa Catarina, para realizar os estudos experimentais que analisam a toxicidade das cinzas sobre a biodiversidade marinha. Com três estudos planejados, o objetivo é analisar a ecotoxicidade nos peixes invertívoros (aqueles que se alimentam de invertebrados); nas espécies nativas e invasoras de girinos; e na dinâmica populacional de microinvertebrados. 

O grupo de pesquisa realizando estudo de campo para as abordagens experimentais (foto: Arquivo pessoal)

Além do caráter científico, a pesquisa possui pretende envolver também a comunidade escolar e a sociedade civil: “Além da divulgação dos resultados para órgãos ambientais, a gente vai fazer esse trabalho em escolas, para realizar uma educação ambiental sobre as consequências ambientais do uso do fogo e geração cinzas para a biodiversidade que vive na água e mesmo para o ser humano”.

Também está prevista a realização de um workshop específico para gestores públicos da área ambiental, para apresentação dos resultados das pesquisas que avaliaram os impactos das cinzas sobre a biodiversidade e os riscos potenciais à saúde humana. “No nosso projeto, temos servidores do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), até para termos essa conversa com o poder público e o órgão de proteção ambiental”.

Com a conclusão do edital da FAPESC, o grupo de pesquisa busca um novo aporte para continuar a realizar os trabalhos. Em uma segunda etapa, seria possível aprofundar os estudos por meio da aquisição de equipamentos apropriados para análises mais específicas. Atualmente, a pesquisa só tem conseguido êxito porque o laboratório de biodiversidade aquática da UFSC tem feito cooperação com outros laboratórios da UFSC, de outras Universidades Públicas do país (como UFPR, UFSCAR e UEM) e do exterior (como Universidade de Aveiro, em Portugal e Rhodes University, na África do Sul), viabilizando a condução da atual pesquisa.

Entretanto, é importante o fortalecimento do laboratório na UFSC, para que a equipe possa, de maneira independente, analisar os efeitos da presença de poluentes na água, como as cinzas para a potabilidade da água e os organismos que nela vivem: “no momento, a gente tem estudado as cinzas de queimadas, mas as cinzas podem ser geradas a partir de outros processos, como resíduo na produção de carvão, que é uma atividade localmente importante.” Assim, pesquisas podem ser realizadas para entender o principal dano relacionado as cinzas de carvão, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental, aliando economia e ecologia.

Sobre o pesquisador

Bruno Renaly Souza Figueiredo é professor do Departamento de Ecologia e Zoologia (ECZ) da Universidade Federal de Santa Catarina. É graduado em Ciências Biológicas, e mestre e doutor pelo programa de Pós-graduação em Ecologia de ambientes aquáticos continentais. Suas pesquisas envolvem estudos de ecotoxicologia aquática, levantamento de biota aquática, dinâmica de cadeias tróficas, e mais. Contato: Bruno.figueiredo@ufsc.br.

Ana Beatriz Quinto | Estagiária de jornalismo / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica

Rafaela Souza | Estagiária de design / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica

Edição: Denise Becker | Núcleo de Apoio à Divulgação Científica (NADC-UFSC)

Podcast UFSC Ciência Ep. 14 – Balneabilidade

10/02/2023 09:33

A temporada de verão de 2023 trouxe um novo “velho assunto” para o debate público, especialmente no litoral catarinense e nos estados e países de onde vêm os turistas que visitam a região. Uma crise de balneabilidade fez subir vertiginosamente o número de pontos impróprios para o banho de mar. Além disso, uma epidemia de diarreia fez com que se estabelecesse uma relação quase que imediata entre a qualidade da água do mar e a propagação de doenças gastrointestinais, abrangendo também discussões sobre problemas históricos de saneamento básico.

Neste episódio sobre balneabilidade, falamos sobre o oceano, o turismo, a saúde e o saneamento básico de forma interdisciplinar. Ouvimos quatro professores pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina para discutir o assunto e trazer novas análises e discussões sobre o tema. Foram entrevistados os docentes José Salatiel, do Departamento de Ecologia e Zoologia; Maria Elisa Magri, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Paulo Horta, do Departamento de Botânica e Rodrigo Mohedano, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental.

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CRÉDITOS:

Locução: Lethicia Siqueira e Amanda Miranda
Produção, roteiro e edição: Amanda Miranda
Apoio Técnico: Peter Lobo
Arte: Leonardo Reynaldo

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O podcast UFSC Ciência é uma produção da Agência de Comunicação da UFSC. Gravado no Laboratório de Radiojornalismo da UFSC.

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Mais informações, críticas, elogios, sugestões pelo e-mail agecom@contato.ufsc.br.