Cientificamente Falando: Plantas Alimentícias Não Convencionais
Você sabia que 90% de todos os alimentos consumidos no mundo são provenientes de somente 20 espécies de seres vivos? E que se estima que existam 30 mil espécies de vegetais comestíveis, dos quais pelo menos 10 mil sejam nativos do Brasil?
A maior parte desses alimentos não é consumida por desconhecimento da população e é nesse contexto que se desenvolve o conceito de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), tema do segundo episódio da série Cientificamente Falando. Produzida pela Agência de Comunicação (Agecom) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a série explica conceitos científicos com referências ao cotidiano e à cultura pop, em uma linguagem contemporânea e em vídeos animados.
O conceito
As Panc se referem a partes de plantas – como folhas, frutos, flores, rizomas e sementes [e que podem ser consumidas pelo ser humano, mas que, por diversos motivos, têm seu potencial alimentício e nutricional negligenciado. Além das “partes de plantas não convencionais”, o conceito de PANC também abarca pedaços não costumeiramente consumidos das plantas tradicionalmente utilizadas como alimento, como folhas da batata-doce ou a “flor” da bananeira, conhecida como mangará ou “coração de bananeira”.
Algumas Pancs têm seu uso paulatinamente popularizado, como os chás feitos com o hibisco, os refogados de taioba e o consumo, cru ou cozido, de ora-pro-nóbis. Há, no entanto muitas outras plantas que podem ser consumidas pelos seres humanos e que têm sido pesquisadas e difundidas pelas universidades, institutos de pesquisa e instituições públicas, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que possui uma página com informações e até receitas com algumas Pancs, acessível aqui.
A série
Cientificamente Falando é uma série de vídeos animados que aborda, em poucos minutos, conceitos científicos em linguagem pop. Apesar da linguagem, das referências e da curta duração dos vídeos produzidos, a precisão científica é avaliada pelos próprios cientistas desenvolvedores das pesquisas que referenciam as produções.